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diga treinta y tres

14.1.11

capri capri y una cola de sirena!


Capricórnio e a montanha

Quero falar um pouco sobre Capricórnio, um signo que pouco se mostra mas que tem muito a ensinar.
Quando analiso um mapa de alguém que tem forte influência de Capricórnio (Sol, Lua ou outro aspecto) costumo contar uma história:
O Capricórnio é uma cabra, que tem diante de si uma grande montanha para escalar. O motivo dessa escalada é comer a grama mais verde, que se encontra no pico mais alto. E assim, após calcular o caminho que seguirá, esperar pelas condições mais adequadas, a cabra inicia sua jornada. Caminho solitário: o relevo dos alpes (ao que parece) não permite espaço para dois companheiros seguirem juntos; em alguns pontos, a cabra é obrigada e juntar suas quatro patas no limitado espaço disponível e parar, pois o vento é demasiado intenso. O tempo passa.
É possível que haja outras cabras escalando também, mas em geral uma cabra está muito obstinada em alcançar sua meta, portante pode simplesmente (é verdade) não notar nada que não se refira ao seu objetivo. Inclusive, seus sentimentos, essa coisa estranha que varia sem seguir qualquer lógica coerente.
Por fim, acredito que a cabra alcance seu objetivo. Ela pode, enfim, desfrutar do sabor único da grama, naquele espaço pequeno que o cume lhe reserva. Algumas cabras (talvez a maioria) satisfazem-se com isso e, por que não dizer, sentem uma espécie de orgulho que os distingue da maioria. Mas...

O que fazer depois de conseguir alcançar a realização material? Algumas cabras, como já mencionei, se contentam em guardar seu espaço, marcar bem seu território, preservar sua segurança a todo custo. Outras, ao chegar ao topo, vislumbram o mar.
Sim, o mar sem limite, um grande ser vivo em movimento constante. E a cabra entende que pode, enfim, transcender as preocupações mundanas, a segurança material, a respeitabilidade que sua posição lhe reserva. Ela entende que a meta não é material, é espiritual.
E, como Cristo, a cabra salta do pico da montanha e mergulha no mar profundo. Lá, ganha uma calda de peixe, o que explica o símbolo um pouco diferente desse signo.

Pode, enfim, descansar. Sua escalada, agora, é para dentro.

11.1.11

Y dijo 33, nomás!

¡¡¡FELIZ CUMPLEAÑOS, DOC!!!

Va un Pessoa metafísico y vanguardista,
para que la pregunta por el sentido de la vida y el universo
no pierda nunca lo delicioso de la búsqueda... ¡y a comer chocolate!


Tabacaria

Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a por umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.
Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.
Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.
Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa.
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei de pensar?
Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Gênio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim.
Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
Não estão nesta hora gênios-para-si-mesmos sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
Serei sempre o que não nasceu para isso;
Serei sempre só o que tinha qualidades;
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta,
E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
E ouviu a voz de Deus num poço tapado.
Crer em mim? Não, nem em nada.
Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente
O seu sol, a sua chava, o vento que me acha o cabelo,
E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
Escravos cardíacos das estrelas,
Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
Mas acordamos e ele é opaco,
Levantamo-nos e ele é alheio,
Saímos de casa e ele é a terra inteira,
Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.
(Come chocolates, pequena;
Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho,
Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)
Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei
A caligrafia rápida destes versos,
Pórtico partido para o Impossível.
Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas,
Nobre ao menos no gesto largo com que atiro
A roupa suja que sou, em rol, pra o decurso das coisas,
E fico em casa sem camisa.
(Tu que consolas, que não existes e por isso consolas,
Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva,
Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta,
Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida,
Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua,
Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais,
Ou não sei quê moderno - não concebo bem o quê -
Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire!
Meu coração é um balde despejado.
Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco
A mim mesmo e não encontro nada.
Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.
Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,
Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,
Vejo os cães que também existem,
E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,
E tudo isto é estrangeiro, como tudo.)
Vivi, estudei, amei e até cri,
E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.
Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,
E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses
(Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);
Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo
E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente
Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.
Essência musical dos meus versos inúteis,
Quem me dera encontrar-me como coisa que eu fizesse,
E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,
Calcando aos pés a consciência de estar existindo,
Como um tapete em que um bêbado tropeça
Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.
Mas o Dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.
Olho-o com o deconforto da cabeça mal voltada
E com o desconforto da alma mal-entendendo.
Ele morrerá e eu morrerei.
Ele deixará a tabuleta, eu deixarei os versos.
A certa altura morrerá a tabuleta também, os versos também.
Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,
E a língua em que foram escritos os versos.
Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.
Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente
Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas,
Sempre uma coisa defronte da outra,
Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
Sempre o impossível tão estúpido como o real,
Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.
Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?)
E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
Semiergo-me enérgico, convencido, humano,
E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.
Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los
E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.
Sigo o fumo como uma rota própria,
E gozo, num momento sensitivo e competente,
A libertação de todas as especulações
E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.
Depois deito-me para trás na cadeira
E continuo fumando.
Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando.
(Se eu casasse com a filha da minha lavadeira
Talvez fosse feliz.)
Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela.
O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
Ah, conheço-o; é o Esteves sem metafísica.
(O Dono da Tabacaria chegou à porta.)
Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
Acenou-me adeus, gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu.

Álvaro de Campos, 15-1-1928

7.12.10

-conocimiento funk-

Funk Lore
 

We are the blues
ourselves
our favorite
color
Where we been, half here
half gone

We are the blues
our selves
the actual
Guineas
the original
Jews
the 1st
Caucasians

That's why we are the blues
ourselves
that's why we
are the
actual
song

So dark & tragic
So old &
Magic

that's why we are
the Blues
our Selves

In tribes of 12
bars
like the stripes
of slavery
on
our flag
of skin

We are the blues
the past the gone
the energy the
cold the saw teeth
hotness
the smell above
draining the wind
through trees
the blue
leaves us
black
the earth
the sun
the slowly disappearing
the fire pushing to become
our hearts

& now black again we are the
whole of night
with sparkling eyes staring
down
like jets
to push
evenings
ascension
that's why we are the blues
the train whistle
the rumble across
the invisible coming
drumming and screaming
that's why we are the
blues
& work & sing & leave
tales & is with spirit
that's why we are
the blues
black & alive
& so we show our motion
our breathing
we moon
reflected soul

that's why our spirit
make us

the blues

we is ourselves

the blues



Amiri Baraka (Everett LeRoi Jones, EEUU, 1934 - )

30.11.10

feliz

el techo es de chapa y machimbre
ese ruido hacen las gotas
ch kráp ch ch kapák

no para de llover

acabo de tocar

música

la felicidad está acá

hoy me di cuenta
cuando entré a mi casa
con el cajón y el pie de micrófono
de que la distancia entre escuchar y hacer música
no es tan grande

claro, con los cómplices que requiere la tarea
esto es, la ternura

ternura

suena como

ternura


gracias

Frugalizing the conurbano!

Esta noche, a las 21 hs. tocamos con 

Una vida frugal

en el hermoso Malawi - Ardonio 274 

(también conocida como "2da Rivadavia")

Ramos Mejía, a pasitos de la estación de tren.

 

por la ley del aborto legal, seguro y gratuito!

educación sexual para decidir


anticonceptivos para no abortar 
 
 
aborto legal para no morir

Por primera vez, el Congreso pone el tema de la despenalización del aborto en su agenda. La discusión se abrirá hoy a partir de las 16, en una jornada pública en la Comisión de Legislación Penal, a más de veinte años de que diferentes grupos de mujeres iniciaran en el país, el 8 de marzo de 1988, la lucha por la legalización de esa práctica, cuya criminalización dejó el último año otras 87 mujeres muertas: desde la recuperación democrática en 1983 hasta 2009 fallecieron como consecuencia de abortos inseguros realizados en la clandestinidad 2665 mujeres, la mayoría jóvenes y pobres, según las estadísticas oficiales del Ministerio de Salud.
La única oradora de esta audiencia histórica será –como ya adelantó este diario– la danesa Marianne Mollman, experta de la División de Derechos de las Mujeres de la organización internacional de derechos humanos, Human Right Watch, cuya sede está en Nueva York. Mollman llega hoy a Buenos Aires. Según pudo saber este diario, se explayará sobre el marco internacional de derechos humanos y las obligaciones del Estado argentino a la luz de la Constitución Nacional en relación con los derechos sexuales y reproductivos y abonará la postura de que el Estado no puede penalizar la interrupción voluntaria del embarazo y está obligado además, a proveer los servicios.
 
Página/12, 30-nov-2010, nota de Mariana Carbajal

24.11.10

frugalize it!

poniéndole ritmo a la vida frugal,                 
voy a tocar este viernes 
en cobra libros  
con el amigo Luis

oh, yeah!















http://www.cobralibros.com.ar

23.11.10

delicioso

una vez más: toca batucate!! de 16 a 18 hs en el congreso

DIA INTERNACIONAL DE LUCHA POR LA ELIMINACIÓN DE LA VIOLENCIA CONTRA LAS MUJERES

Violencia verbal, sexual, laboral o institucional
ES VIOLENCIA IGUAL
En este 25 de Noviembre decimos que
Penalizar el aborto TAMBIEN es violencia contra las mujeres
 
Convocamos a una concentración en el Congreso a partir de las 16.30.
Habrá  intervenciones urbanas, música, radio abierta. Hacia las 18 hs. convocamos a una sentada verde para exigir el tratamiento y aprobación del proyecto de Ley de Interrupción Voluntaria del Embarazo de la Campaña Nacional por el Derecho al Aborto Legal Seguro y Gratuito. 
 

celebración de la HECHO en Bs As!!!

Hecho en Bs. As.  

Llega CELEBRACION: la muestra del grupo de Arte Hecho en Bs. As. 

Jueves 25 de noviembre. 18 hs. Av San Juan 21. 

Los esperamos.

 

Proyectos de AmásA- 16 de diciembre en el CCEBA

PRESENTACIÓN :  EMPRENDIMIENTOS SOCIALES Y ARTISTAS
Proyectos de AmásA
EL 16/12/2010 A LAS 18:00 HS.  CCEBA SEDE PARANÁ 1159

                 http://cceba.org.ar/v3/ficha.php?id=320#modulo1189
CCEBA y AmásA  presentan su primer Proyecto Laboratorio en colaboración con la Defensoría del Pueblo; la campaña realizada para el Movimiento Madres en Lucha; y el video con entrevista a socios de AmásA y colaboradores.Participan:
Jimena Fuertes (AmásA), Marta Goméz (Movimiento Madres en Lucha), Andrés Elisseche y Juan Pedro Gallardo (Defensoría del Pueblo), José Morales (Representante legal del Colegio Filiidei hijos de Dios, Villa 31) y colectivo gráfico Onaire.